Até pouco tempo, a relação de parceria entre os presidentes de São Paulo e Palmeiras fluía bem, isso porque o tricolor Julio Casares e a alviverde Leila Pereira haviam anunciado, publicamente, um acordo em que cederiam suas arenas um ao outro para suas equipes jogarem, quando estas estivessem alugadas para outros tipos de eventos. No entanto, essa relação vem se ainda mais deteriorando desde a saída de Caio Paulista para o Palmeiras.
Tudo corria em perfeita harmonia
Ambos os mandatários chegaram a nomear esta ação como um primeiro passo para que voltassem a ter torcedores visitantes nas arquibancadas durantes os clássicos em São Paulo, porém, esta relação ficou para trás.
Após o São Paulo vencer o Palmeiras na Supeercopa Rei, em Belo Horizonte, o clube tricolor, aproveitou para debochar do gramado do Allianz Parque, que se encontra interditado. Já no último domingo (3), o clássico que acabou resultando num empate pelo placar de 1 a 1 entre as duas equipes, serviou para mostrar que toda aquela conversa e troca de abraços e gentilezas entre os mandatários, não passou de algo de momento, já que, após o jogo, houve muita provocação entre ambas as equipes e bastante indignação por parte do tricolor paulista.
O fator Caio Paulista
Já na reta final de seu contrato de empréstimo com a equipe do São Paulo, o lateral esquerdo, Caio Paulista, já era dado como contratação certa, inclusive chegou a ser anunciado publicamente pelos dirigentes do tricolor paulista, como reforço já contratado e que apenas aguardava por um anúncio oficial. Porém, o Palmeiras fez uma proposta com termos muito mais atrativos a Caio, que aceitou de imediato, pegando o São Paulo de surpresa.
A saída de Caio Paulista gerou uma série de “dores de cabeça” ao São Paulo, já que o tricolor ainda não conseguiu suprir a saída do lateral. Welington, que era reserva de Caio, agora assumiu a titularidade na equipe, porém, aproveitou a necessecidade do clube por sua posição para exigir muito mais em um acordo para sua renovação, que segue travada há nove meses do fim de seu contrato.
Leila Pereira apresenta Caio Paulista (Foto: reprodução/Cesar Greco/Palmeiras/by Canon)
Árbitro Matheus Delgado Candançan observa lance no VAR em São Paulo x Palmeiras (Foto: divulgação/Marcos Ribolli)
O clássico da discórdia
No clássico do último domingo (3), o São Paulo resolveu botar para fora toda a sua indignação com o Palmeiras e o presidente tricolor Julio Cazares, através de um pronunciamento, atacou o juiz da partida Matheus Delgado Candançan e também o técnico palmeirense Abel Ferreira. Ele disse, em tom exaltado, que Abel deve parar de apitar o jogo, referindo-se à maneira com que o treinador português se comporta à beira do campo.
Na sequência, o São Paulo impediu que Abel ocupasse a sala de coletivas para falar com a imprensa, justificando o ato como uma “reciprocidade” pelas condições ruins que é o ferecida ao tricolor paulista quando é visitante na casa do Palmeiras.
Em nota oficial, o Palmeiras rebateu afirmando que, ao menos, cede um espaço para que os treinadores dêem suas entrevistas e classificou a decisão do tricolor paulista como “ato de hostilidade”, relatando à Federação Paulista de Futebol.
São Paulo e Palmeiras ainda podem se enfrentar no Paulistão, isso pelo fato de que o Palmeiras já está classificado para as quartas de final da competição, enquanto o São Paulo lidera o grupo D. Além do Paulista, as duas equipes estão em todas as principais competições do ano, como série A do Brasileirão, Copa do Brasil e Conmebol Libertadores.
Foto destaque: Julio Cazares e Leila Pereira durante coletiva de imprensa (divulgação/Montagem Tv Foco)