Existiram negociações, mas não deu certo:
O Palmeiras vem empilhando títulos há alguns anos, especialmente depois que Abel Ferreira assinou contrato e iniciou sua passagem, aplicando as ideias com maestria e conseguindo colher tudo dentro de campo.
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Em decorrência desse momento acima da média, muitos jogadores passam a desejar estar no elenco do Verdão, até porque podem aumentar as chances de ter taças garantidas em suas carreiras.
Há cerca de 7 anos, quem poderia ter passado pelo Palestra Itália foi Richarlison, que é constantemente convocado na Seleção Brasileira e veste as cores do Tottenham, da Inglaterra, disputando a Premier League.
Em entrevista ao canal Desimpedidos, o centroavante, que estava no Fluminense, contou todos os detalhes de quando esteve perto de vestir verde e branco, mas a negociação, na época, acabou não dando certo, ensinando uma lição.
Motivo pelo qual não veio ao Verdão:
“Eu saí do Brasil cedo, mas eu aprendi muita coisa jogando lá. Em questão de respeito aos clubes. Quando eu estava no Fluminense, eu estava para ir para o Palmeiras“, iniciou o atacante, que detalhou:
“Em um jogo justamente contra o Palmeiras, os empresários entraram e falaram “você não pode jogar esse jogo. Se você machucar, não vai ser vendido”. Aí fui eu, com 18 anos, cheguei no Abel (Braga) e disse que não tinha cabeça para jogar esse jogo”, revelou.
Gostaria de ter visto Richarlison jogando pelo Palmeiras?
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“O Abel falou beleza, pode ir para casa. Os caras foram lá, perderam, o presidente deu entrevista para a ESPN e disse: “O Richarlison não vai sair, não vai para lugar nenhum, vai ficar no Fluminense”. Pronto, fiquei. Aí quem se fodeu? Aqui ó“, salientou Richarlison, que não perdoou seus empresários:
“Aí fomos jogar no Maracanã, contra o Grêmio, a torcida me xingando. E os empresários lá em casa, de boa. É isso que eu falo que aprendi a ter respeito aos clubes. O Fluminense naquela época foi o clube que pagou os R$ 10 milhões ao América-MG para me contratar. E eu na primeira oportunidade já queria virar as costas”, disse.
Substituto de um artilheiro nato:
“Foi aonde eu comecei a ter mais cabeça de valorizar o clube que me abriu as portas, o clube que me valorizou, e eu lembro que depois que a negociação não deu certo, a torcida caiu matando em cima de mim, eu fiquei no clube, o Abel me chamou para conversar e falou “eu sabia que aquilo não era você, você é um cara que quer jogar todo jogo, quer treinar, e você chegar daquele jeito, eu sabia que aquilo não vinha de você“, seguiu o centroavante.
“E foi aonde eu aprendi a lição, né? A respeitar clube, a respeitar a camisa que você veste e por isso o torcedor do Fluminense quer que eu volte para lá, o torcedor do Everton me tem como ídolo lá, eu aprendi a respeitar a camisa lá no Brasil”, cravou, dando mais detalhes sobre o Verdão:
“Na época o Palmeiras estava na Libertadores. E eu chegaria para substituir acho que o (Gabriel) Jesus. Eu ia ganhar não sei quantas vezes mais do que eu ganhava no Fluminense e falei “vambora””, contou, completando:
“Mas deu esse problema todo, não fui, e querendo ou não, me ajudou muito também não ir, porque o Abel foi um cara que me ajudou muito a me desenvolver dentro do clube, que me apoiou mesmo eu fazendo as coisas erradas”, finalizou.