Em menos de duas horas, dividida em três capítulos (Sonho, Pesadelo, Despertar), a série da Netflix O Ninho: Futebol e Tragédia, vai fundo e comove cinco anos depois da morte de dez crianças queimadas no CT do Flamengo.
Não fica pedra sobre pedra na comprovação da negligência do clube que apostou em não atender aos avisos de que os alojamentos dos menores estavam sob risco.
A cartolagem rubro-negra preferiu pagar as multas simbólicas a fazer os reparos para evitar a tragédia, já que em breve os contêineres seriam desativados.
Os depoimentos de mães e pais dos meninos mortos cortam o coração.
A impotência e o desamparo deles precisava ser descrito mesmo e o diretor da série, Pedro Asbeg, fez da ideia original do UOL um documento obrigatório que deverá, ao menos, estimular a Justiça brasileira a punir quem precisa ser punido.
Porque até mais que a força dos depoimentos dos familiares, dos sobreviventes, dos jornalistas que investigaram o episódio, grita em quem assistir a série o silêncio covarde, ganancioso e cúmplice da diretoria do Flamengo.
Opinião
Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
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