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ESPN.com.br
7 de mar, 2024, 14:36
Na última terça-feira (5), o uso do gramado sintético voltou a ser debatido em uma reunião virtual de clubes da Série A com a CBF. Com apenas Athletico-PR, Palmeiras e Botafogo sem gramados naturais, representantes de outras equipes pediram para que esse tipo de campo seja vetado no futuro. E quem ironizou tal possibilidade foi John Textor.
Após a vitória por 2 a 1 sobre o Bragantino pela Libertadores, o dono da SAF alvinegra defendeu o uso da grama artificial e criticou o contexto atual do gramado dos estádios brasileiros.
”A saúde dos jogadores está em melhores condições no sintético. Temos uma alta qualidade que está creditada até por jogadores de outros clubes. As vezes, pessoas que nem pisam na grama ou jogam futebol falam bobagem. Eu queria que eles olhassem o sistema que nós criamos”, afirmou.
”A grama no Brasil é diferente. Olhe para todas lesões de tornozelo e nas pernas que tivemos em gramados ruins. Se vamos jogar em campos de bezerros na liga, as pessoas devem investir em campos 80% naturais e 20% sintéticos, que é o padrão das grandes ligas no mundo”, completou.
Segundo apurou a ESPN, o encontro de terça-feira apenas sinalizou que existe a possibilidade de veto aos gramados sintéticos a partir de 2025 ou 2026. Isso será tema de debate entre os 20 clubes que disputam a Série A, a ponto de existir um comitê formado dentro dessa organização.
A CBF, por enquanto, não se posiciona sobre a questão. Apenas deixou claro aos clubes que é impossível suspender o uso do sintético neste momento e que um possível veto aconteceria apenas a partir da próxima temporada. O assunto será amplamente debatido nos próximos meses.
Apesar de ser contra o veto do gramado artificial, Textor garantiu que o Botafogo vai realmente acatar a grama natural caso assim seja decidido.
”Não critiquem nossa tentativa de tentar algo mais seguro para os jogadores. Vamos falar de elevar o nível. Querem ir para grama natural? Devemos formar a liga, oficializar um padrão, pagar e treinar árbitros. Vamos em frente. Vamos todos pagar 1.3 milhão de dólares (R$ 6,4 milhões) em cada campo, é isso que custa na Premier League”, declarou.
”O Brasil merece a qualidade dos melhores lugares do mundo, futebol é bom como em qualquer lugar do mundo. Isso pode impactar nossos shows, mas arrumaremos um jeito. Se quiserem ir para a grama natural no ano que vem, nós iremos. Não enganem, não jogaremos em campo de bezerro, não faz bem aos jogadores”, finalizou o norte-americano.
Próximos jogos do Botafogo:
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Sampaio Corrêa-RJ (F): 10/03, 16h (de Brasília) – Taça Rio (semifinal, ida)
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Red Bull Bragantino (F): 13/03, 21h30 (de Brasília) – CONMEBOL Libertadores, com transmissão pela ESPN no Star+
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Sampaio Corrêa-RJ (C): 16/03, a definir – Taça Rio (semifinal, volta)