Apesar de ótima campanha no Brasileirão do ano passado, principalmente no primeiro turno, quando dava pinta de que seria o campeão, o Botafogo não tem um dos cinco melhores elencos do futebol brasileiro, segundo Tostão.
O ex-jogador e atual colunista do jornal “Folha de S.Paulo” crê que o Fogão tem um bom time, mas ainda está atrás de Palmeiras, Flamengo, Internacional, Fluminense e Atlético-MG.
Tostão analisou o confronto entre Botafogo e Red Bull Bragantino, que vale vaga na fase de grupos da Libertadores e será disputado nesta quarta-feira (13), e explicou que o Fogão tem um bom time, mas ainda não tem um elenco que possa ser equiparado aos times citados.
O campeão na Copa do Mundo de 1970 pontuou que não será surpresa se o Botafogo não conseguir a classificação.
“Se isso não acontecer, o que não será uma grande surpresa, já que o Bragantino atua em casa e tem uma equipe do mesmo nível da do Botafogo, os torcedores, a comissão técnica e os dirigentes não deveriam ficar abatidos, decepcionados. Haverá muitas pedras pelo caminho. O Botafogo não pode se esquecer de que o time é bom, mas não possui um elenco do nível das principais equipes brasileiras, como Flamengo, Palmeiras, Fluminense, Atlético-MG e Inter. A atuação espetacular do Botafogo no primeiro turno no Brasileirão do ano passado foi totalmente atípica”, analisou Tostão.
Como venceu o primeiro jogo da terceira fase da Pré-Libertadores, por 2 a 1, o Fogão tem a vantagem do empate no duelo de volta, nesta quarta-feira (13), às 21h30 (de Brasília), no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP).
Fluminense tem mesmo nível de Flamengo e Palmeiras
Para Tostão, os recentes títulos da Libertadores e da Recopa Sul-Americana colocam o Fluminense de Fernando Diniz em pé de igualdade com Palmeiras e Flamengo, os dois times que vêm dividindo os principais troféus no Brasil e na América do Sul nos últimos anos.
“O Fluminense, com mais um título internacional, precisa ser tratado como um time do mesmo nível técnico de Palmeiras e Flamengo, ainda mais porque reforçou o elenco. Fernando Diniz merece também ser visto como um treinador do mesmo nível de Abel Ferreira e Tite”, analisou.
Tostão, no entanto, discorda veementemente de Eduardo Barros, auxiliar de Diniz, que recentemente colocou o treinador no nível do lendário Johan Cruyff.
“O que não se pode é delirar, ultrapassar o conhecimento, o bom senso e dizer que Fernando Diniz está para o futebol brasileiro, por ser um inovador, como Cruyff está para o futebol mundial, como falou o jovem auxiliar do técnico do Fluminense. Cruyff é o único profissional da história do futebol que está entre os cinco maiores jogadores, treinadores e pensadores. Ele revolucionou o futebol”, opinou Tostão.